Plantemos o DOM da palavra!

Nós plantamos uma planta carnívora que nos devorará. Nós somos a carne que mais a alimenta. Nós manipulamos a fórmula e demos os ingredientes faltantes. Nós a planejamos e articulamos. Quem nos expande é quem nos devora. Nos descentralizam e nos reduzem a esferas microscópicas. A bactéria que corrói é a mesma que cura. Subimos no ponto mais alto e caímos na velocidade da luz até perder a voz, e o ar faltar. É muito poder, mais pode ser falta do que fazer ou do que querer. O dom do dizer, o dom do ouvir e o dom do calar-se se propagam sem o menor respeito ao que diz respeito. Reproduzem e não seduzem. Não é preciso castrar. Melhor do que cultivar é se ainda priorizarmos o que nos exaltam. Não tememos a palavra, e tememos sim quem não sabe usá-la. Tememos ao criador insano, ao poder desvairado e aos ouvidos tapados. Que o coração não pare quando o mundo parar. Que no circular dos textos não se esqueçam da pureza das mentes, virgens da maldade do ato. Que no suspiro de vida inspiremos flores e bons ventos, água e frutos puros, isso sim, nos levariam ao ápice de serenidade constante que inspiraram o dom de exaltar o amor. A leitura da vida, é essa a palavra que a codifica. E maldizemos aqueles que usam a propagação sem limites do que não nos ajudará a melhorar, àquela velha planta carnívora que pode nos devorar daremos do seu próprio veneno e curaremos tudo com a verdade.

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