Nem a imprensa se entende!


Naquele tempo em que a imprensa era comandada por aristocratas mandatários, quando a democracia não tinha vez e quando o leitor era da mesma classe dos escreventes podíamos observar uma imensa classe de desfavorecidos e marginalizados, impedidos de participar das discussões sociais. Era tempo de retrocesso. Com os ganhos sociais uma outra parte da sociedade ganha o direito de participar com uma pequena desconcentração do poder. Mais tarde, com os adventos tecnológicos, uma imensa parte massificada também pode contribuir socialmente com o direito a informação mais ampliado. È certo, que ainda há uma minoria marginalizada, o grupo concentrador de poder ainda é de aristocratas contra a democracia, só que hoje eles dizem escrever para o povo. Que povo seria esse? O povo que está cansado de ser tratado como o de antes, em épocas de Brasil Império, como parte não interessada. Até quando a imprensa vai fingir que informa e as pessoas vão fingir que estão entendendo tudo. A informação no Brasil é comandada por grupos carniceiros que só pensam em fazer feridas, feridas no direito a uma informação de qualidade e com respeito a cada um de nós.


A parte positiva depois da globalização e descentralização da informação é que todo mundo ganha o direito, mas esse todo mundo ainda é minoria. Na esfera midiática, jornalistas com base na neutralidade protagonizam o dever de informar em grandes veículos e em seus blogs questionam as notícias que eles mesmos dão. O blog virou uma ferramenta de contenstação. O maior debate é feito a partir deles: como começou com Reinaldo Azevedo (Veja) e o blog do jornalista Luis Nassif, que protagonizaram enxurradas de críticas de um ao outro e a parceiros. Hoje, podemos ver outra discussão entre o Blog do Noblat (O Globo) e o Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim (Rede Record). Vários outros blogs entram em cena para questionar a própria mídia da qual fazem parte. È um debate prazeroso para quem consegue enxergar todos os lados.


Mas imaginem quem só assiste a TV e acredita naqueles caras? Quem ainda não pode interpretar e aumentar sua busca pela informação de qualidade? Há sempre muito em jogo, para eles e para nós. Ahhhh, Dunga, o técnico da seleção brasileira, sabe disso, por isso, bate o pé contra a gigante. E acho que cada um deve fazer isso, bater o pé, quem sabe muda alguma coisa. Eu sei que xingar não vai adiantar muito! (rs)

Comentários

  1. Sabe que eu não tinha ainda pensado por este lado. Hoje a notícia está mais barata. E a internet merece uma boa parte dos créditos por isso.

    Agora já penso que podemos esperar muitas mudanças no panorama jornalístico para os próximos tempos. Cabe a nós entender e preparar o terreno pra que essas mudanças reflitam nossas reais demandas pela informação, pela verdade.

    Um beijo, moça.

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  2. Então, a tendência é a popularização, mas, com isso, teremos também uma mudança nos padrões e a notícia tende a ser cada vez mais tendenciosa.Portanto, com tanta notícia parcial é possível que não tenhamos um consenso mais democrático?!!!

    Obrigada pela participação
    Beijos

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