Ops! Estou chocada...


O que são os signos, se não, os significados que damos as coisas. Cada cultura carrega consigo uma série de signos, com particularidades culturais de interpretação e assimilação. Cada signo pode representar, dependendo do olhar, coisas diferentes. A cultura tem uma participação importante na nossa visão de mundo e de significados, é ela que nos coordena e traduz nossas visões. Cada objeto e visão representam algo na nossa cultura: uma cadeira é para se sentar, falar de boca cheia é falta de educação e assim vai. Em outras culturas essas mesmas coisas poderão ter significados diferentes dos nossos. Essa troca de significação é o que chamamos de Choque Cultural, que é o estranhamento ou a falta de assimilação de significados de uma cultura diferente da nossa. "Este estranhamento é traduzido por ansiedade, desorientação e uma certa confusão mental que busca uma mentalidade diferente para evitar aversões, preconceitos ou nojo aos novos aspectos". Ser apresentado a uma cultura diferente é estar pré-disposto ao choque. Existem particularidades que a globalização ainda não conseguiu regurgitar até mesmo com a cultura americana, que nos é menos estranha. O que fazer quando o choque ocorrer é o que ninguém fala. O diálogo sempre é o melhor caminho, tentar entender todos os aspectos da cultura adversa e compreender é o primeiro passo. Se assustar é normal, como a aversão também pode ser natural, mas não podemos deixar de tentar dar novos significados. Na troca de cultura, o entrosamento pode ser muito rico, até para se avaliar a própria cultura, o próprio comportamento diante de rotinas automáticas que a nós é imperceptível. Dar novos significados e agregar novas formas de se pensar em uma troca cultural é uma maneira de dialogar com tempos, valores, costumes diferentes. É a forma mais única e enriquecedora de transformar e questionar o seu papel como ser humano ativo em uma sociedade. Pode ser também uma forma prazerosa de se redescobrir a vida, seus valores e tradições, questionando assim sua própria existência. Não se pode é correr o risco de automatizar também a cultura alheia a sua, como forma de sua mais nova expressão. Não existe cultura mais certa do que a outra, existem maneiras diferentes de se ver a vida.

Comentários

  1. É um posicionamento mais que politicamente correto... rs rs rs, mas o que você me diz desses costumes estranhos e desumanos de algumas culturas tais como a mutilação genital feminina da Somália, o casamento de crianças de 9 anos em países patrocinados pelo Taleban, do sacrifício de crianças em tribos da África ou da decepação da mãozinha de uma criança de 8 anos porque roubou um pão no afeganistão??? Pra eles é cultura, religião, costume, educação, pra mim isso é simplesmente loucura.

    Beijos!

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  2. Caramba, eu juro que nem pensei nisso quando escrevi o texto....rs
    Falo mais de comportamento mesmo, de ter de conviver com alguém de uma cultura estranha, mas não tão estranha assim!
    Acho que nesses casos tentar entender não é a solução, só se for fazer eles entenderem que estão errados, daí fica nem mais díficil neh?!!...heheh
    Então, é um trabalho de esforço contínua em pról da assimilação de que certos comportamentos culturais não podem continuar!!!!

    Obrigada pela visitaaaa:)

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  3. É tão complicado, minha linda, pois envolve direitos humanos, direitos fundamentais de crença, direitos de soberania... enfim... Eu tenho até pena da ONU.

    Beijos!

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