O que mudar?

Eu mudo o mundo a cada dia. Um pouquinho, tão pouquinho que quase me passa imperceptível. Não importa o que façam comigo, eu continuo aqui, continuo a acreditar: em mim, nas pessoas, no mundo. A cada dia temos provas de que vale a pena e de que a tarefa é mais difícil do que todos nós imaginávamos.

È duro, dói, mas sempre sobrevivemos, é a dor que tudo reconstrói, é o medo de senti-la que nos faz melhores. Eu choro, por dentro ainda mais, mas é por fora que preciso esconder. Ela não vai me impedir de ver o mundo como eu quero, estou cansada de tanta realidade. De nunca poder contar com as pessoas naquela hora. De chorar, chorar e chorar. Eu sei que tudo isso vai passar, sempre passa, mas eu continuo a acreditar e sei que, por isso, a dor não vai acabar.

Não sei onde está a culpa disso, mas sei que tudo poderia ter sido evitado, na hora certa era só não ter acreditado. Virar as costas sempre foi a melhor prevenção, mas não tem jeito, eu não consigo. Ver o sorriso, mesmo que dure tão pouco, enxergar a sinceridade, mesmo que tão rara em tudo, faz tudo valer a pena. Não é o para sempre que incomoda, é o agora, pois é nessa hora que podemos fazer diferente. Eu sei que faço, não faço sozinha, mas há milhares iguais a mim, perdidas.

É uma grande corrente que me faz ter a humildade de acreditar que eu não sou pior ou melhor por querer a simplicidade de uma vida bem vivida. Por apenas querer fazer o que acredito ser o melhor, errando e aprendendo, de cabeça erguida. Eu vou continuar... Não vou deixar que me tomem e que te tome, vou estar sempre a te proteger, a te reconhecer, a te procurar. Esse é o meu mundo, meu maravilhoso mundo que as pessoas cada vez mais tentam destruir. Acabe com esse seu mundo escuro e me deixe aqui, mesmo que tanta claridade me nostalgie, ainda assim, doido é aquele que sabe da claridade e mesmo assim prefere a escuridão!